Em 2022, todas as escolas públicas e privadas começaram oficialmente a implantar o Novo Ensino Médio, que visa proporcionar uma aprendizagem com maior profundidade, estimulando o desenvolvimento integral dos estudantes, por meio de disciplinas básicas e itinerários formativos.

A Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabeleceu a mudança na estrutura do Ensino Médio, ampliando o tempo mínimo de permanência do estudante na escola, de 800 horas para 1.000 horas anuais. Assim, foi proposta uma nova organização curricular, que abrange a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ofertas de atividades especializadas.
“Esse modelo proporciona ao aluno conhecer e desenvolver o seu projeto de vida, preparando-o para o futuro, não apenas no aspecto cognitivo, mas em sua integralidade, como um indivíduo inserido em uma coletividade”, afirma o gestor pedagógico da Escola Crescimento, Israel Oliveira.
Na formação geral básica, que tem como referência a BNCC, são definidas competências e habilidades que contemplam todos os componentes curriculares cujos conhecimentos são essenciais e obrigatórios para a aprendizagem, como Português, Matemática, Literatura, Biologia, Física, Inglês e História.
Já nos itinerários formativos, que correspondem a 40% da carga horária, são oferecidos caminhos de aprofundamento diferentes aos estudantes em uma ou mais áreas de conhecimento e/ou na formação técnica e profissional, como disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, cursos, entre outros.

Com a diversidade de atividades, a implementação desse modelo já era esperada com muito entusiasmo pelos professores, que enxergam nesse projeto uma oportunidade de fomentar desejos e anseios dos jovens a se tornarem protagonistas de sua vida escolar.
“Estava ansioso pelo Novo Ensino Médio, principalmente para ver funcionar os itinerários formativos, que é a grande novidade. Composto pelo projeto de vida, as disciplinas eletivas e as trilhas formativas, os itinerários formativos são a cereja do bolo do modelo”, disse o professor e coordenador de área em Matemática, Marconio Nóbrega.
Apesar do desafio, que é a implementação desse novo modelo, muitas escolas têm conseguido realizar adaptações graduais. A Escola Crescimento, por exemplo, tem trabalhado de acordo com a BNCC desde anos anteriores. Os itinerários formativos, disciplinas eletivas, projetos para resolução de problemas reais, protagonismo do aluno, desenvolvimento de competências socioemocionais, práticas de laboratório e outras atividades já são contempladas na rotina da escola.