A Educação Infantil é uma das mais importantes etapas da formação da criança, pois é onde ela começa a experimentar o mundo fora do núcleo familiar, faz novos amigos, aprende a conviver com as diferenças e faz várias descobertas em todas as áreas do conhecimento. Com os desafios gerados pela pandemia, algumas famílias têm optado por adiar a entrada de seus filhos na escola, ou buscado a alternativa de creches, por acreditar que este período não demanda tanta atenção do ponto de vista pedagógico. Entretanto, pesquisas apontam que sua importância é muito maior do que se imaginava.

A Educação Infantil é uma das mais importantes etapas da formação da criança, pois é onde ela começa a experimentar o mundo fora do núcleo familiar, faz novos amigos, aprende a conviver com as diferenças e faz várias descobertas em todas as áreas do conhecimento. Com os desafios gerados pela pandemia, algumas famílias têm optado por adiar a entrada de seus filhos na escola, ou buscado a alternativa de creches, por acreditar que este período não demanda tanta atenção do ponto de vista pedagógico. Entretanto, pesquisas apontam que sua importância é muito maior do que se imaginava.
De acordo com estudo publicado pelo NCPI – Núcleo Ciência pela Infância, a educação na chamada Primeira Infância é um dos fatores que mais influencia o nível de bem-estar das pessoas ao longo da vida. Novos estudos comprovam que a fase dos 0 aos 6 anos é um período crucial no qual ocorre o desenvolvimento de estruturas e circuitos cerebrais, bem como capacidades fundamentais que permitirão o aprimoramento de habilidades futuras complexas. Crianças com desenvolvimento integral saudável durante os primeiros anos de vida têm maior facilidade de se adaptar a diferentes ambientes e de adquirir novos conhecimentos, contribuindo para que posteriormente obtenham um bom desempenho escolar, alcancem realização pessoal, vocacional e econômica. Por isso é fundamental escolher uma escola de qualidade já nos primeiros anos do ciclo escolar da criança.

Pesquisas concluíram que o desenvolvimento cerebral que permitirá a aprendizagem ao longo da vida se inicia na gestação e tem especial relevância durante a primeira infância. Por meio de um processo chamada “sinaptogênese”, o número de sinapses entre os neurônios se multiplica, chegando a 700 novas conexões por segundo, em algumas regiões cerebrais, no segundo ano de vida. Além disso, outro processo conhecido como “mielinização” acontece principalmente após o nascimento. A mielina é uma substância que envolve o prolongamento dos neurônios, facilitando a condução do impulso elétrico, melhorando a comunicação neuronal. O somatório desses processos ao longo dos primeiros anos de vida modifica a estrutura do cérebro sob influência das experiências vividas, resultando no impressionante desenvolvimento neurológico.

Os chamados Períodos Sensíveis são momentos nos quais os circuitos cerebrais específicos para formação de determinadas habilidades têm maior plasticidade. Dessa maneira, a construção dos circuitos cerebrais é altamente influenciada pelas experiências no início da vida, diretamente mediadas pela qualidade das relações socioafetivas, principalmente pelas interações da criança com seus cuidadores. A aquisição de competências mais complexas no futuro depende de circuitos fundamentais que surgem nos primeiros meses e anos de vida. Isso é válido para as diferentes dimensões ligadas às funções cerebrais, sejam elas perceptuais, cognitivas ou emocionais.
Se por um lado os Períodos Sensíveis permitem a construção de habilidades, por outro são uma grande janela de vulnerabilidade a potenciais efeitos nocivos do meio. Nessa fase de crescimento a estrutura cerebral é altamente receptiva e a ausência de estímulos, ou a ocorrência de estímulos negativos, podem deixar marcas duradouras e com efeito cumulativo ao longo da vida.

Evidências nos campos das ciências biológicas e sociais demonstram que oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento infantil é mais eficaz e menos dispendioso do que tentar reverter posteriormente os efeitos das adversidades precoces. Isso ocorre, em primeiro lugar, porque o cérebro apresenta maior plasticidade nos primeiros anos de vida, como visto anteriormente. Além disso, cada conteúdo aprendido em uma etapa da vida serve de base para o aprendizado na etapa seguinte, fazendo com que as distâncias de conhecimento e habilidades cresçam ao longo do tempo. Portanto, déficits que eventualmente surjam em determinado momento podem crescer com o passar dos anos, necessitando investimentos cada vez maiores para serem corrigidos.
Frequentar creche e pré-escola de qualidade tem efeitos positivos no desenvolvimento, aumenta o desempenho cognitivo das crianças, melhora seu rendimento escolar e suas condições emocionais. Quanto mais cedo se investir no desenvolvimento da criança, maior será o retorno para ela própria e para a sociedade. Concluímos então, que a Educação Infantil é um alicerce e é primordial para a aprendizagem. Nesta fase são promovidos a socialização, o desenvolvimento de várias habilidades, as chances de um melhor desempenho escolar no futuro, o contato com o lúdico, o ético, a cidadania e os laços afetivos, propiciando à criança resultados efetivos para toda a vida.